Os esforços da Revista Brasileira de Odontologia na divulgação da produção científica
Resumo
O esforço da Revista Brasileira de Odontologia na divulgação da produção científica. Por mais que grandes revistas tenham aparecido nos últimos dez anos de forma consistente em suas publicações e, assim, elevando de forma exponencial a produção como também a visibilidade da produção científica brasileira no cenário internacional, entretanto, outras revistas vivem à deriva perdendo fôlego e seu devido prestígio quando são avaliadas pelas grandes bases de dados, que apontam critérios e exigências cada vez mais engessadas e incoerentes com nossa realidade de pesquisa e até na criação, confecção e produção de textos no país. Isso gera de certa forma uma polarização e distanciamento dos professores, pesquisadores, alunos de pós-graduação de diversas modalidades; porque sabem que sua produção para ter mérito reconhecido internacional necessita passar pelo crivo das renomadas revistas estado-unidenses ou da escola europeia, pois precisa usar metodologias mais arrojadas para impressionar as revistas de ponta que polarizam o mérito do que se é pesquisado e publicado. Neste contexto, por mais que a RBO tenha avançado em muitos critérios, seu futuro chega a ser incerto devido a não flexibilidade de bases dados que possam garantir as revistas emergentes e que têm uma condição real de se manter no espólio de uma plataforma com uma visibilidade internacional, deveriam ser avaliadas por este prisma de por configurar uma base de dados consolidadas e com isso melhorarmos nos índices de citações interações, absorver manuscritos de todo mundo e, além disso, superar e corrigir em definitivamente a endogenia. De acordo com Kimura (2010), 1 enquanto nossos periódicos cada vez mais alcançam reconhecimento internacional, o cenário nacional caminha para a direção oposta. Com isso parece que perdemos tempo porque se nem temos apoio dos nossos pares aqui no Brasil não teremos como competir de forma internacional se não logramos a chance de pertencer a uma base mais forte e consistente a fim de incentivamos e a arrojar ainda mais nossas qualidades de publicações. A revista entra nessa penúria por tentar de forma simples e articulada se moldar ao cenário da publicação nacional e internacional, mas sempre encontra uma blindagem desconfortável no que tange a hegemonia e sua internacionalização, com isso fica a pergunta para que sobrevivermos mais de sete (7) décadas? Para sermos o patinho feio da grande indústria de produção de revistas científicas brasileiras? Endosso que desde então com toda adversidade a RBO como sendo a única revista de Odontologia que sobrevive a essa grande maquinaria das agências que ajudam na indexação e projeção das revistas. No momento a RBO pede socorro por assumir uma realidade competitiva, com uma melhora dos parâmetros de desempenho em curto período de tempo. A RBO é uma das revistas mais tradicionais da Odontologia que se mantêm no meio científico, devido ao empenho da equipe, que sempre busca a qualidade da produção científica na área odontológica. Apesar do desempenho inadequado mostrado pelos indicadores entre 2008 e 2015, atualmente, já é possível mensurar, por esses mesmos indicadores, a melhoria da qualidade da RBO, que mudou o seu perfil para se adequar ao cenário de publicações de excelência (acompanhe abaixo em tabelas a evolução numérica do crescimento da revista). Entretanto, alguns obstáculos ainda precisam ser vencidos para inserir a RBO no cenário das melhores revistas na área odontológica. Espera-se, com as constantes mudanças, futuramente, escrever uma nova história, rumo à internacionalização e indexação.
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PDF (English)DOI: http://dx.doi.org/10.18363/rbo.v76.2019.e1467
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e-ISSN: 1984-3747
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