Saúde oral em crianças portadoras da síndrome congênita do zika vírus

Thamires Pereira de Souza Teixeira, Débora Teixeira Medina, Branca Heloisa de Oliveira, Ana Paula Pires dos Santos

Resumo


Recentemente o Brasil vivenciou um surto de doença exantemática decorrente do vírus Zika, que estava diretamente associado ao nascimento de crianças com microcefalia. Complicações oculares, auditivas, respiratórias, musculoesqueléticas, déficit intelectual, entre outras, também têm sido observadas nessas crianças, constituindo a Síndrome Congênita do Zika Vírus (SCZ). O objetivo deste estudo foi identificar na literatura as complicações da saúde oral associadas a SCZ. Após busca bibliográfica nas principais bases de dados ( Medline via PubMed, BBO, LILACS) e na literatura cinza, foram encontrados diferentes tipos de estudos, como um (1) relato de caso, quatro (4) estudos longitudinais e três (3) transversais. As alterações orais encontradas nesses estudos, foram: alterações na cronologia de erupção dos dentes decíduos, como atraso, alteração de sequência e sintomatologia, alteração de forma e número dos elementos, defeitos de formação do esmalte e Bruxismo. Ainda associado à microcefalia congênita, originada pelo Zika vírus ou não, observou- se: micrognatia, hipotonia, palato profundo, má oclusão e risco aumentado às doenças cárie e periodontal. Conclui-se que alterações bucais estão associadas à SCZ sendo importante que o cirurgião-dentista esteja informado sobre os principais desafios e necessidades desses pacientes, proporcionando adequada assistência e correta orientação desde o primeiro atendimento

Palavras-chave


Microcefalia, Zika Vírus, Saúde Bucal

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