Fibroma ossificante periférico e granuloma piogênico: existe relação?

Resumo

Objetivo: relatar um caso de fibroma ossificante periférico com área de granuloma piogênico associada, destacando a relação entre estas duas lesões. Relato de Caso: paciente do sexo feminino, feoderma, 14 anos, compareceu à Clínica de Estomatologia apresentando nódulo séssil de consistência borrachóide, localizado entre palato duro e gengiva superior, do lado esquerdo, com superfície lisa e íntegra, coloração avermelhada, bem delimitado e indolor. No exame radiográfico observou-se que se tratava apenas de uma lesão periférica. Diante dos achados clínicos e radiográficos as hipóteses diagnósticas foram granuloma piogênico, lesão periférica de células gigantes e hiperplasia fibrosa. Com o diagnóstico clínico de lesão hiperplásica reacional foi realizada biópsia excisional e o material foi condicionado em formol tamponado a 10% e encaminhado para análise histopatológica. Na etapa de macroscopia, foram analisados dois fragmentos de tecido mole medindo 11x10x3 mm de formato esférico e de coloração branca. Os achados microscópicos revelaram fragmentos de mucosa revestida por epitélio estratificado pavimentoso. Pode-se observar no epitélio regiões ulceradas. O tecido conjuntivo apresenta áreas contendo bastante células inflamatórias e vasos sanguíneos neoformados lembrando um tecido de granulação e áreas mais fibrosas e celular com calcificação. Conclusão: a lesão foi diagnosticada como fibroma ossificante periférico exibindo áreas de granuloma piogênico associadas. Dessa forma, acredita-se que o fibroma ossificante periférico pode ter se desenvolvido inicialmente como granuloma piogênico e a maturação subsequente levou à ossificação da lesão