Bola de bichat: outras utilizações e complicações cirúrgicas

Abstract

Objetivo: demonstrar que a bichectomia não deve ser banalizada, que esse coxim adiposo bucal possui inúmeras funções e seu manejo incorreto podem gerar grande perigos quando o cirurgião-dentista não conhece as estruturas anatômicas que a circundam. Revisão de Literatura: a Bola de Bichat é um tecido adiposo, localizado no espaço mastigatório que se repousa sobre fáscia do músculo Bucinador e se projeta na borda anterior do músculo Masseter, composto por lóbulos recobertos por cápsula fibrosa com um corpo principal e quatro extensões: temporal, bucal, pterigoide e pterigopalatina. Tecido altamente vascularizado e de ótima localização, é alvo de manobras cirúrgicas devido fácil técnica, baixa morbidade no local doador e atualmente, remoção devido movimentos estéticos na odontologia na busca do rejuvenescimento facial. Conclusão: é evidente que a tendência atual na Odontologia é buscar a estética a todo custo e não há como negar a eficácia da bichectomia na harmonização, suavização das linhas faciais, contudo, é necessário frear a impulsividade, buscar indicação, pois, a retirada desse tecido geram limitações em procedimentos de reconstrução oral como defeitos tumorais, fechamento de fístulas bucossinusais, tratamento de osteonecrose, cujo seu enxerto, geram alta taxa de sucesso em casos críticos.